Eu tinha dez anos e brincava com meus vizinhos,o Luizinho,a Lide e a Lucia,a caçulinha!Eu era madrinha de primeira comunhão dela e muito me orgulhava disso!Eu a defendia de todos.
O vô Dito na verdade era vô deles,mas eu o adotei como meu também.Ele trabalhava numa cidade vizinha, onde ficava a semana inteira. Só voltava para casa nos fins de semana.Lá pelas seis da tarde,nós quatro íamos em direção 'a estrada e viamos o vô Dito com sua malinha que chegava com a 'jardineira do seu Ézio",um onibus velho que atendia toda a região.
Corríamos para ele gritando:Bença,vô Dito! Bença! E ele sorrindo nos respondia: Bençõe! Bençõe!
E voltavamos para casa saltitando em volta dele,felizes! Isso durou muitos anos.
Mudei de cidade,casei...um dia vou visitar vô Dito que estava acamado e no finzinho da vida.
Olhando para aquele homem que já não lembrava o da minha infância,digo: Bença ,vô Dito! E ele com os olhinhos sorridentes responde: Bençõe!.Ele me reconhecera! E eu emocionada pergunto: voce sabe quem eu sou,vô? e ele com um sinal afirmativo de cabeça e um sorriso fala com um fio de voz :Cirlei! Lágrimas correm pelo meu rosto..E ainda hoje sinto saudades do "bençõe"!
Sua benção,vô Dito! E lá no fundo da minha memória escuto: Bençõe!
Ô Dona Amantikir...arrepiei e me emocionei com esta lembrança sua. Que lindo! E a propósito, vou ligar pra minha mãe para saber notícias de meu vizinho, Seu Orlando, acamado há muitos anos mas que nunca se esquece de mim e nem eu dele em minha infância serelepe. Beijos!
ResponderExcluirNay,obrigada pela atenção.Eu também me emocionei ao escrever.Espero que o sr Orlando esteja bem e que voce possa revê-lo.Uma linda semana para voce! Beijos!
ResponderExcluirLindo, dona Cirlei! Emocionante mesmo!
ResponderExcluirBeijos e boa semana! Inté!
ResponderExcluirBençõe...
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